quarta-feira, 13 de julho de 2011

Recomeço

Não preciso ficar sorrindo falso, nem forçar felicidade
Até o tempo que odeio esperar, se torna a saída para um novo começo
Não aqueles começos de começar do zero,
começar tudo outra vez como se nada houvesse acontecido.
Mas um novo começo que exija um recomeço.
Não é esquecer, não é fingir que tudo passou em branco.
Afinal, é aprender com o inusitado, aprender com o desagradável,
pois na estrada meu asfalto nasce flores.
É transgredir, é se tornar mais forte.
Só assim achar forças onde nem no escuro sente-se medo,
nem na angústia quando anseia solidão.
Felicidade é buscada. Fui atrás da minha, e nem o tempo dirá quando irei voltar.
Estou de férias.

sexta-feira, 22 de abril de 2011





Mas o importante é tentar recomeçar
Mesmo sem um ombro, sem um abraço especial
Sem os olhos brilhando, sem andar pelas nuvens
Sem perder noções do tempo, sem ter um sorriso
que possa chegar na sua boca

É preciso se refazer, sair do poço
Encontrar uma luz onde parece ser impossível
Juntar pedaços do coração despedaçado, e tentar fazê-lo bater.

“Você pode vomitar tudo, menos a sua dor.”

sábado, 25 de dezembro de 2010

A Maldição do Ano Novo



Venho hoje vomitar com vocês a maldição do ano novo
Que maldição é essa? O que acontece nessa transição que era para ser apenas simbólica?
- Perder a presença de pessoas que consideramos importantes.

Talvez eu só esteja mal acostumado, mas não sejamos idiotas de crer que a distância não é um agravante, ela é sim.

As pessoas vêm e vão em um movimento giratório que sempre me deixa tonto, e é isso que venho vomitar com vocês, minhas náuseas dessa inconstante rotação, que não sabemos quando vai começar ou quando vai parar, fica ao incerto, ao acaso.

Agora é começar uma nova rotina, que não sei ao certo qual será, mas espero que seja feliz, com pessoas que me façam bem, assim como as que foram me faziam, mas que esteja bem claro que não é uma substituição,é um desejo de ter o que se tinha, é apenas uma busca mal interpretada.

Mas acreditando em Mário Quintana, o tempo não vai parar, nem esperar pela gente, somente a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.


*texto baseado em fatos surreais

sábado, 18 de dezembro de 2010

como a chuva;




Andando pela chuva, sinto a leveza do vento, a água descendo pelo rosto e trazendo uma sensação de nostalgia, de sentir a falta do que não se tem, de lembrar momentos jamais vividos e um sentimento de liberdade ilusória.

Deixo me levar pela correnteza, pelas incertezas do destino e pela ingratidão da vida. Sou como a chuva, quero me misturar com a atmosfera, quero formar pensamentos, quero ficar com sono, quero tomar banho, quero ter algo acolchoado, quero estar assistindo um filme e me sentir acompanhado, quero tomar um vinho, quero provocar boas sensações.

Mas mesmo sendo tão maravilhoso em questões circunstanciais, sou como a chuva, ainda consigo causar coisas ruins, quando deixo vir a tona as minhas contradições mostro minhas imperfeições, meu lado humano, a minha herança da chuva.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

restos de mim;




Há aqui dentro um conflito que não consigo entender, me coloquei em uma situação de desespero e confusão, e mais do que ter me colocado é carregar a culpa da tristeza de alguém, é ser visto como um monstro e saber que não sou, mas ao mesmo tempo pensar que sou. São dúvidas em que carrego,me sinto perdido como em um sonho macabro, sem saída. O tempo não pode me salvar, não posso lutar contra ele, não posso voltar ao passado, não posso refazer o que já foi feito, não posso achar uma explicação para isso que me contente e me faça parecer melhor.

Não vou conseguir viver de aparências, mas vou tentar esconder minha tristeza e agonia. Uso máscaras comigo mesmo em que só eu entendo, algo individual e perturbador pois não posso exteriorizar, não posso fazer nada e ao mesmo tempo quero fazer algo, mas o que eu posso fazer? O que eu posso fazer para mudar a situação? Só me vem um vazio em que me consome cada vez mais, me sinto só, incompleto e sujo.

Procurando um caminho onde não tem, procurando um ombro para abraçar, para se preocupar e querer cuidar, e dividir minhas alegrias, tristezas e segredos e saber que tem alguém que se importa comigo. Saber que eu era auto-suficiente, saber que eu adoro a companhia, os sorrisos, e as trocas de vivências, nas quais não sei se terei mais. E o que me resta? Querer sumir, querer dormir e não acordar, querer não ver a rua, querer te ver e ter medo disso, não custa tentar.

Desculpas por ter te magoado, desculpa por ter ocupado o seu tempo com alguem que não merecia sua companhia. Desculpa por errar, não está sendo fácil. E não posso querer fugir das conseqüências que meus atos carregam, só me resta me esconder de mim mesmo.

*texto baseado em fatos surreais

terça-feira, 21 de setembro de 2010

noite, serena noite;





Nada melhor que a noite para balançar espíritos ociosos, para tentar desvendar o segredo do fascinante luar. Nada melhor que a noite para sair por aí, sem rumo, sem ser visto, sem ter multidões cosmopolitas confundindo o cérebro fazendo enxergar tudo girando e retornando ao mesmo ponto TODOS OS DIAS.
Nada melhor que a noite para contar as estrelas e esperar para nascer uma verruga, para sair por aí e beber como se dependesse disso para dormir mais levemente, para curtir o som perplexo das músicas e aumentar a sensibilidade e esquecer um pouco da vida operante. Nada melhor que a noite para antes de se deitar pensar mil besteiras e coisas sem nexos até conseguir uma momentânea paz em seus sonhos ou curtir o acordar de um pesadelo e ver que apesar de ter medo, ainda está tudo escuro e esse é o segredo da humanidade.Nada melhor que a noite para escutar os grilos, para ter uma companhia, para fumar um charuto. Nada melhor que a noite para escutar o barulho do mar e a brisa, o vento passando superficialmente na pele e fazendo arrepiar.
Nada melhor na noite que estar dormindo, e morrer.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Confusões sonolentas



Queria aliviar essa sensação de náuseas constante que a incerteza provoca em mim.